Não vou negar que já fui muito fã do esporte, mas ultimamente tenho visto com outros olhos esse "show de selvageria".
Muitas lesões são impressionantes. Nos esportes em geral, atletas sempre estão passíveis de sofrerem lesões, no entanto, no MMA elas são frequentes, inevitáveis e muitas vezes tomam formas assustadoras, como é o caso do lutador que quebrou a perna durante um combate, que pode ser visto no vídeo abaixo (cenas fortes, certifique-se de que você tenha estrutura para assistir).
Além dos hematomas e lesões imediatos, não podemos esquecer das sequelas futuras ocasionadas pelo excesso de pancadas sofridas durante a carreira. Exemplos claros podem ser vistos no boxe, o mais comum é a encefalopatia traumática crônica do boxeador ou simplesmente dementia pugilística.
A dementia pugilística é caracterizada clinicamente por declínio cognitivo, alterações de comportamento e sinais parkinsonianos. Do ponto de vista neuropatológico, o achado mais marcante é o de numerosos emaranhados neurofibrilares no córtex cerebral na virtual ausência de placas senis (Revista de Psiquiatria Clínica).
Temos um ex-lutador de boxe brasileiro que sofre com a dementia pugilística, o Maguila. Foram cerca de 17 anos na prática do esporte que resultou na séria doença com a qual ele convive.
Aí eu me pergunto: Se o boxe já causa esse tipo de efeito, imagine o MMA que tem características mais violentas incluindo socos, chutes, golpes de jiu-jitsu e etc?
Cada um tem sua opinião e gosta do esporte que achar melhor, mas de uns tempos para cá, não tenho visto sentido no MMA. Além de ser um espetáculo de selvageria, compromete a vida da maioria dos esportistas que o pratica.
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